Onda... Vento...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

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Bate, onda. Muda o curso
desse naufrago.
O coração se recolhe
mas os caminhos se abrem.
Saudade todos temos.
De dissabores a vida é feita.
Mas bate, vento. Muda os ares.
Talha a nova jornada.
Esse homem anseia um mundo novo.

Quite Times

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

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Imagem: http://autoliniers.blogspot.com/

Na realidade sempre tive problema com mudanças. Mudar de cidade, de escola, entrar na faculdade, mudar de corte de cabelo, mudar allstar, mudar de amor. Todas elas me trouxeram perdas e ganhos dos quais levei muito tempo pra digerir. Na verdade mesmo quando as mudanças são positivas me assustam.

Por muito tempo me considerei uma pessoa só. Sempre tive dificuldades de reconhecer talentos, habilidades, qualidades. Acabei criando um mundo em agendas, poemas, grunge rock e poucas saídas. Era complicado compreender meu próprio mundinho, minhas particularidades. O lance era me proteger das pessoas e de mim mesmo. Por muito tempo foi assim.

As coisas mudaram então. Meu mundo passou a ser mais permeável, embora não suficiente. Sobraram vestígios daquele que era tímido e que não sabia ao certo que passos tomar, como lidar com as pessoas. Então o vento bateu e se foi por enumeras vezes. O curso mudou, e mais uma vez o curso das coisas muda.

Dessa vez não quero mais silêncio, não quero tempos calmos. Quero descobrir. Quero ousar tudo o que ainda não ousei. O medo da solidão é eminente, mas a vontade de viver também é. Planos não me faltam. Vontade não me falta. O que me falta é negociar com tempo pra que ele seja mais ágil e possa tapar os buracos que foram deixados.

Esse último ano foi um dos melhores que já vivi. Nunca vou poder arrancar do meu coração o quanto feliz fui. Talvez seja essa a parte mais difícil, mudar de algo que foi tão bom. Mas o ciclo se fechou. Em meu coração guardo apenas saudade. Acredito que daqui em diante só saberei dar o melhor de mim para as pessoas. Ou pelo menos quero tentar.Vou levar sempre o quite time que me foi dado. A oportunidade de resgatar muitas coisas. A todos e em especial a você só posso dizer: obrigado! E pedir sempre: Desculpa! Pois ainda não tenho maturidade pra lidar com meus sentimentos. Será que nós temos? Alguns mais do que outros mas nunca por completo.


“I’m gonna have to run away,
I’m sure that I belong
some other place.
I've seen another side
of all I've seen
It keeps me wondering
where my family is.

Its hard enough

to see the world as it is,
and hold on anything.
Without these quiet times
coming round here.”

(Dido – Quite Times)

Rompantes da Madrugada

quinta-feira, 11 de junho de 2009

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Imagem(como sempre): http://autoliniers.blogspot.com/

A vida tem dessas coisas - A gente que não aceita que nada é inerte. É tudo um jogo bem armado. É um perder-se e encontrar-se. Eu mesmo vivo a me perder. E não pense que o se perder é ruim. Perder-se também é se redescobrir. Redescobrir-se de diferentes formas na mesma coisa e ainda sentir o mesmo. É... Nada é inerte. Eu me perco, contrario-me, violo... E certos sentimentos, a essência deles, não muda. Talvez algumas coisas sejam um tanto inertes então. Ou pelo menos a gente cuida pra que elas nunca cheguem ao seu pior por pior que os tempos sejam. Então o que está e o que não está em movimento? Talvez todo movimento seja necessário, um leve spin ao menos. A completa inércia mata. Mesmo o que não tem prazo de validade. Então a dica é: movimento.
 

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